Poemas : 

NO ESCURO

 
nenhum som abre as paredes
e deita no quarto.

a cama morta, as mãos segurando
o rosto, a pausa estranha
da desesperança.

armários frios,lenta noite
do primeiro dia de liberdade
e fome.

e ela que há muito desaprendeu
os dons de voar, some por detrás
de sua própria sombra,

observando a inexatidão
das alianças em cima da cadeira.

e por um tempo que os relógios
desprezam, rele o bilhete suicida
com os olhos sujos de saudade
e escuridão.

karla bardanza


 
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Karla Bardanza
 
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