Quanto mais eu rezo mais me assombro.
Mesmo que corra, alguém pega-me pelo pé.
Sempre tem algo pousando no meu ombro
E eu nunca descubro que raios que isto é.
Por mais que faça, algo me furta a calma.
Quando penso que não, me rouba o sono.
Não sei donde vem quem me azeda a alma.
Acaba que quebra a cara com o meu abandono.
Não tenho mais ânimo para gladiar com duendes
Que insistem em rodear meu refúgio, minha casa
Com os mais bizarros, os mais bizonhos desejos.
Para eles, que trazem corpos e mentes dementes,
Deixo um beijo e ofereço-lhes uma cova escura e rasa
E o meu mais completo, resoluto e absoluto... Desprezo!
Gyl Ferrys