Onde mora a saudade
Fomos cúmplices
sem mágoas nem tolices
sem alarmismos em pausa no tempo
apenas tentámos
dividir o canto
num conto restrito
de poesias e canções
bravias
algemadas no gracejo
e na chave do tempo
que afrontadamente romântico
se enamorou de desejo
quando me ofertaste
um relampejo sofrido
emocionado pela voz unânime
e única
onde em tempos deixámos decantar
os abraços,
os goles de sofreguidão
as palavras retemperadas
no declive onde mora a saudade
enfeitada ainda assim
de tanta volatilidade
FF