Negra Graça poetisa,
de santa ira e doce lira,
que teu canto voe,
que teu verso ecoe
e que tais sejam
ante a bruta ferocidade,
que não reste sombra da Maldade.
Negra poetisa que a luta suaviza
e que os contrários harmoniza,
cante teu Canto,
pois se sabe do teu pranto.
Reviva o Baobá natal
e reconte os mitos, os ritos,
e os gritos da África ancestral.
Cá te ouviremos, pois de lá,
todos viemos.
Ave Graça, da negra alegria!
Que nenhuma mordaça
cale tua valentia
e nem nos roube
a tua poesia.
Homenagem pouca a Graça Gomes, mulher, poetisa e negra guerreira. Em celebração do Dia da Consciência Negra.