“ Disse-me o Guia então, que cavalgara
O dorso do animal fero e possante:
“Sê forte, a tudo o ânimo prepara!
“Se desce em tal escada de ora avante;
Sobe-te ao colo; ao meio irei sentado:
Que não te ofenda a cauda penetrante.”
A Divina Comédia – Inferno – canto xvii
Pútrido viver, de ímpio proceder, impiedade com nada se nivela,
teus pensamentos contristados são maus conselheiros da tua ira.
Queres me ver destruído, combalido ser, vergando ante a procela,
consternado, sem misericórdia, asfixiado, sem perdão na mentira.
Jamais saberei se essa luz provém do fogo ou de melindrada lava,
que lanças ressentida como a mal iluminar torpe escada imaginária,
perspectivas no negrume oprimido por tua insensatez que agrava;
pesaroso, resta descer os degraus, distinguido deles como pária.
Não me deixas desvencilhar do curso vil da escada amaldiçoada,
sufocas-me com intenção, atado sou a muralhas de ódio e aversão;
espezinhar-me é único fim, contagiado escopo da vida amargurada.
Se neste reino escuro, memória houver de essência de luz interior,
irei superar todo o breu vertente buscando alvissaras num clarão
a grita do coração libertado vai emudecer as sons de choros de dor.
{eis pois, tudo isso era....
................. vilania}