Preciso escrever sinto, essa necessidade, com o mesmo sem vontade que nasci;
Quando me faltam às palavras é o mesmo que me faltar o ar de respirar;
Mas elas são minhas amigas de mim não se separam, nãos as preciso esperar, me são pontuais e sinceras, desinseras, melódicas e barulhentas;
Tenho essa necessidade de não desperdiçar quando me vem à cabeça, elas chegam batem na porta, sim somos nós vá buscar seu papel , vá sentar-se em seu canto, colocamos a espalhar, dedicamos aos seus;
Que felicidade de receber visita tão solene, tão breve, mas que se registram para sempre, você chegou passou por meus sentidos e acabou aqui expressa com tinteiro azul, negro, o que me tiver a mão;
Sou tão grato pela visita breve, pela ousadia leve, pela sorte da pata da lebre;
Sim pode acompanha-las dona inspiração também és bem vinda aqui, se misture a nós, seremos mesmo assim sós, até sermos lidos, e xingados, e elogiados, e absolvidos, por aqueles que sabem ler;
Sim estou feliz sim, me chegam visitas estupendas, me ouvem riquezas, me despejam luz;
Nem penso em embaralhar as visitas, todos terão seu lugar conforme a ordem de chegada, assim como o amor chegou antes da solidão, a riqueza depois da pobreza, e a voz de mãos dadas com os olhares daqueles que nunca entenderão este poema......
Marcio Corrêa Nunes