Não quero saber das suas verdades.
Preciso tanto das minhas ilusões!
Onde estava esse dedo
quando eu pedia um caminho?
Agora é tarde!
Não desprezarei meu nariz,
minha eterna estrela,
mesmo que, lá longe,
seja outra miragem
a brincar com meus olhos...
Vou dar sentidos às pernas
e andar sobre essas pedras,
já que onde estou não há areia.
Já que parado sobre elas
não há alívio aos pés covardes.
Se não me deixa ouvir conselhos
o canto dessa sereia,
e já que a chuva não passa,
vou sair na tempestade...
E entrar no mar...
Pois é melhor morrer nas águas
do que secar nessa vontade.
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