O MEU ANJO
Quando a solidão me bateu à porta,
Deixou-me no absoluto de mim mesmo.
Quanto desespero,
Quanto isolamento
Quanto tormento
Quanta dor,
Quantos sonhos,
Doces e medonhos.
Então, fui tomando a minha decisão.
Buscar com cuidado
Um Cerineu que me desse luz,
Que me ajudasse a levar a minha cruz
Mas que fosse apenas o cofre da minha dor
Sem dor
Que m e deixasse dar-lhe o meu amor
Que ouvisse os meus segredos
Sem medos
Que recebesse meus versos
Com alegria e amizade
De que não era dela a tristeza
Mas sim a saudade
,A saudade de ter saudade
A saudade que chora quando ri
E ri quando tem dor
De amor por ti
Dor que faz chorar
E cantar
E com calma,
Abrir-te a minha alma.
Assim tu és o anjo da minha solidão,
Da minha vida,
Sentida,
Dorida.