Hora da esperança
Na hora em que partem
as névoas cristalinas
se estendem nas cortinas
e nos confins
dos ares,
todo o choro dos mares
acato feliz minha fé recôndita,
onde a lua cercada
de pálidas chamas
derrama enfim
todo seu pranto em miraculosas
brumas que te vestem
em fina espuma
nas ondas do mar peregrino
Sorrimos às estrelas,
quando o céu, no céu
se revela seus ténues
e incertos lampejos de beleza
seus breves e coloridos vendavais
quando o poeta jamais se vê
e sente somente
que o mar e o amor em bonança
de ti me levou
tudo o que restou numa prece
apenas apoquentada
pela minha suplantada esperança.
FF