"...não me deixava mais sonhar
com feixes de luz prateada...”
----------------------------------------
- tortura da alma -
Surgiu de mansinho,
despida de asperezas,
suave como brisa da tarde,
trazendo um ar de carinhosa.
Sem qualquer alarde,
envolveu-me em profundo sono
no entanto, dissimulada, insidiosa
não me deixava mais sonhar
com feixes de luz prateada
balançando acima e abaixo,
caídos de um pedaço do luar.
Parecia manso sentimento singelo,
contemplando íntimos anelos,
quando em si abrigava fogo
lastima mesmo pelos anseios.
Sem comiseração abrasava entranhas,
torturava a alma inquieta:
- apesar de incorpórea
queimava mesmo sem ter luz.
14112014
--------------------------------------------------------------
©LuizMorais. Todos os direitos reservados ao autor. É vedada a copia, exibição, distribuição, criação de textos derivados contendo a ideia, bem como fazer uso comercial ou não desta obra, de partes dela ou da ideia contida, sem a devida permissão do autor.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."
Edita e reescrita. Publicada anteriormente com o heterônimo LM.rêmora