Preciso de sentir o tempo
de um sinal esboçado
no mais alto do olhar
que não se vê…
Anseio um sopro
para acreditar
que vale a pena acreditar de novo!
Preciso do silêncio em gestos
para desmistificar as contradições
em que os movimentos externos
se desenvolvem…
Preciso de presenças
presentes que marcam cada futuro
inaudível
nas transparências das sobrevivências
que não pisam as folhas secas…
Grito aos uivos
das sombras que rondam as passagens!
Fico sem voz
sem silêncio
com o olhar quieto
na dança das árvores
entre os fios de luz
descodificam-se movimentos
que não quero sentir…
Não quero que sejam realidade
mas na verdade
são tão reais
que doem no sangue e no grito…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...