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Não era poeta, era tarado.
O orgasmo era a figura de linguagem mais fácil.
Não era poeta, era hedonista fatigado,
que mesmo cansado, insistia na metalinguagem ágil.
Subiu para cima o pau duro como pedra
da água mole que escorre do pau duro
que bate bate bate bate bate
(onomatopéia)
até que fura a palavra obscura
(porque o cu é no meio).
Não era poeta, era tarado.
Chupava todas as rimas de vaginas,
e, me corrijam se eu estiver errado:
foi pra clínica quando encontrou certas inas.
Narinas de poeta inalando
pirlimpimpim onomatopaicos.
Atchim!
O poeta espirra a saudade da clínica.
Sua pica freme-se diante do clichê.
Coloca uma dose de saquê
e manda a métrica pra PQP.
Era poeta sim, e tarado.
Tarado por palavras roliças
como são as picas e pirocas
pororocas, prechecas,
checas duras,
paus salivantes,
bucetos,
pirocos,
PIIIIIIIIII (onomatopéia da censura).
O poeta, tarado de palavra dura
balançando na cara dos leitores
o leite da teta de musa
que é porra da pica-pena
do poeta tarado.
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