Aquela sombra fugidia
Que no breu da noite se transforma
É o nada, mas que deixa apatia
A quem a segue, ao perder a sua forma.
Altera sentimentos e anseios
Anula o sentido da visão
Esvoaça em singelo balanceio
Num ballet, onde é curta a nossa mão.
É a sombra de humano ser terrestre
É símbolo de luz e sol em esplendor
Contorno da figura do seu mestre
Que o segue pela vida com ardor
É beleza eterna de flor silvestre
É singela, sempre boa, e de vigor.