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O Despir do homem diurno

 
Tags:  na hora do sono  
 
Há quietudes no anoitecer do homem,
quando seus olhos fogem para um mundo
sem conflitos e suas almas percorrem
os jardins de suas primitivas instâncias.

O esfumaçar diurno se transforma
em névoas de luz e todos os gritos e rangidos
(que infestam as rotinas) se calam

Candeia que se adentra sedosamente na consciência,
desarrochando o sufoco e a angústia
da constante procura da felicidade,
já tão presente em suas estradas,
mas soterradas no concreto chão da ambição.

O homem dorme e também a extensão dos seus estresses
e um bem estar sussurra
em seus ouvidos.

Ele encontra sossego para ser
despido da altiva arrogância,
pra percorrer a trajetória da bonança;
pleno momento onde é reverenciado
pela paz do mistério que rege a vida.

Momento esse que seria contínuo se,
quando o alvor se derramasse sobre as pálpebras,
seu despertar acolhesse
todas as belas sinfonias preparadas para recepcionar seu novo dia.



Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

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Autor
MarySSantos
 
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Enviado por Tópico
atizviegas68
Publicado: 07/11/2014 20:31  Atualizado: 07/11/2014 20:31
Usuário desde: 09/08/2014
Localidade: Açores
Mensagens: 1538
 Re: O Despir do homem diurno
Adorei a percepção realista
embalada.
Poderá ser a melhor maneira para
a tomada de consciência.

Escreve com elevada lisura e apuramento linguístico.
Maravilhoso!

Obrigada.

Abraço