Há quietudes no anoitecer do homem,
quando seus olhos fogem para um mundo
sem conflitos e suas almas percorrem
os jardins de suas primitivas instâncias.
O esfumaçar diurno se transforma
em névoas de luz e todos os gritos e rangidos
(que infestam as rotinas) se calam
Candeia que se adentra sedosamente na consciência,
desarrochando o sufoco e a angústia
da constante procura da felicidade,
já tão presente em suas estradas,
mas soterradas no concreto chão da ambição.
O homem dorme e também a extensão dos seus estresses
e um bem estar sussurra
em seus ouvidos.
Ele encontra sossego para ser
despido da altiva arrogância,
pra percorrer a trajetória da bonança;
pleno momento onde é reverenciado
pela paz do mistério que rege a vida.
Momento esse que seria contínuo se,
quando o alvor se derramasse sobre as pálpebras,
seu despertar acolhesse
todas as belas sinfonias preparadas para recepcionar seu novo dia.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.