Quero que me veja como eu sou
que veja só os meus olhos,
e a melodia das canções que dedico.
Quero que espalhe flores das alegrias
para dar-me a ilusão a frágil ilusão
que numa madrugada sonolenta
após um pesadelo cruel e dantesco
poderei mais uma vez ouvir sua voz.
Você é o meu sol,
da lua é objeto do ciúme,
é o reflexo das estrelas
Você é a carícia de uma brisa,
uma cálida aragem
que rouba a vontade
de uma folha cansada
que quer jazer inerme
e faz com que balance mais uma vez.
Então veja somente meus olhos
procure e sinta neles
toda dedicação e adoração
que neles existem por você.
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.