Não era um lugar qualquer,
mas eu estava sozinho.
Havia estrelas no céu,
havia luzes brilhantes
como se fossem o luar.
Só eu e meus sonhos
num lindo lugar que vejo
quando os olhos levanto
e deparo com minha alma
garimpando esmeraldas.
Então tenho a certeza,
absoluta certeza
que havia um jardim no céu,
que as suas mãos encobriam o luar
e o que brilhava
eram os olhos de minha linda,
as divinas esmeraldas.
Também tenho certeza,
absoluta certeza
que a luz do luar
morria em suas mãos.
Então toda a minha alma
encerrava-se neste sonhar,
voltava-se para um próprio mundo.
Meus olhos só existiam
para admirar enlevado
uma imagem de mulher
cujos olhos verdes
ofuscavam o brilho das estrelas
e escondiam a luz do luar.
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.