Bosque.
Corpos desnudos movimentam-se sob o luar.
O familiar adormecer da noite receba-nos.
Almas em singela imersão tempestuosa.
Venha, brilho oculto.
Sobrevoe e enfeitice-me.
Que a terra suje meus pés.
Que a fogueira arda meu fogo.
Natureza, leve a saudade.
Vento, o traga.
Que não permaneça só.
Que essa dor encontre o fim.
Céu, observe-me.
Mãe, dê vida ao pássaro em mim.
Que ele voe, que voe para casa.
Noite, abrace-me.
Envolva minha humanidade em esperança.
Dê a minha vida, amor e justiça.
Derrube as muralhas que rondam-me.
Alcance-me.
Em duvida, sou aquela que ausenta-se em nuvens de livre sonhos.