foram tantas as coisas que me quiseram ensinar
mas que eu não quis aprender!
quiseram que acreditasse que o mundo era como era
só por ter sido como foi.
e eu sentado com as pernas curtas, que nem chegavam ao chão,
repetindo para mim que não queria saber.
e do quadro negro, de dedo em riste,
gritavam-me que ser alguém era ser como os outros
porque os outros eram como deveriam ser.
e eu a não querer saber daquela sabedoria!
e da cátedra explicavam-me como se fazia a partir de um ponto
uma circunferência por natureza redonda,
mais um quadrilátero que até podia não ser quadrado.
e eu a não querer saber daquela geometria das figuras!
de pernas curtas que nem chegavam ao chão
tudo para mim era enfado, travessuras, imaginação.