Copiar é o mesmo que querer ser quem não é;
Não é porque leio Leminsk, Bukowsk, Dostoievski, Fernando Pessoa, Carlos Drumond;
Que tenha que ser e escrever como eles;
Eles apenas abriram minha mente;
Para seguir em frente;
Ensinaram-me o poder de ser livre;
De ter o poder de ser quem sou;
Minha força e minha inteligência, não vem dos ensinamentos de ninguém;
Minha criatividade só a mim pertence;
Minha vida pertence só a mim;
Não são seus passos que me guiam;
Não é por seu caminho que vou passar;
Apena sigo meus passos, e os caminhos que eu escolher;
Se por ali você diz ser certo o caminho;
Desvio-me;
Complico-me;
Mas seus passos não seguirei;
Da mesma forma que não me imponho, imposto também não serei;
Se alguém quiser seguir os meus passos;
Seu guia jamais eu vou ser;
Mas se preferir ser livre;
Meu companheiro de caminhada vou ter.
Mas meu companheiro eu quero que saiba;
Que no caminho havia uma pedra;
E que, se suas palavras não saem de ti a explodir não o faças;
Lembre-se que toda paz da natureza sem gente, vem sentar-se ao meu lado;
Bem como, o sofrimento acompanha sempre uma inteligência elevada e um coração profundo;
Sejas tu, como sempre serei eu;
Não se confunda comigo;
Seus passos não seguirei;
Como também não deixarei seguir os passos meus;
Enxergue ao longe, a formiga levando o alimento aos seus;
E dispa-se da volúpia de ser quem não é.
Marcio Corrêa Nunes