Mais do que qualquer outra coisa, penso em tudo e nada ao mesmo tempo. Quero o agora, quero o para sempre. Quero o eterno transformado no fugaz, rapidamente o fugaz se torne eterno, para que o meu sentir o seja eternamente fugaz. Quero bombas a explodirem no meu peito transformando-se na correnteza que me leva e me faz boiar até à foz, como fonte e destino se misturam na realidade, fazendo-nos descobrir que afinal se trata da mesma coisa. Quero o olhar voltado constantemente para o azul de cima, enquanto me delicio, deitada, madrugada a madrugada, a sentir as ondulações das marés que me fazem viajar, que tanto quero sonhar, e conseguir lá chegar, enquanto a minha pequenez me assombra e me impede de lá voltar.
17 de Janeiro de 2012