Perco-me em repentinos sentimentos,
Espelhados na dor que me acorrenta
A alma a uma morte mais que lenta.
Encontro-me na memória de momentos
Prolixos a mim. A alegria que se ausenta
Do peito me devolve à realidade dos conceitos,
Que enterram em mim todos os defeitos
Que escrevo nas linhas de uma velha sebenta.
Tanto almejo os sonhos de outrora,
Era feliz coberto de amor,
Hoje cada quimera não trás aurora.
Trás o negro da emancipada dor,
Que carrego comigo a cada hora
Me fazendo cair a vida em torpor.
Paulo Alves