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O Fadista Doutor

 
João Maria Teotónio Baptista
Sem filho, pai, neto ou avô
Seu sonho era ser fadista
cantar como um dia o Vasco cantou

Ele coitado que um pouco desafinava
De poeta e cantor tinha muito pouco
E quando de dia, tarde ou noite cantava
Suas palavras soavam a louco

Três horas passadas de terminar o dia
Lembrou-se de fazer uma serenata
Levou com um jarro de àgua fria
Armando logo zaragata

João Baptista estava apaixonado
Pela filha do senador
Mas vivia angustiado
Com ciúmes de outro cantor

Joaninha estava já prometida
A César o grande Tenor
Sua mão fora concedida
Por não haver lá nenhum doutor

João Baptista enquanto sonhava
Do fado do Vasco lá se lembrou
E para recuperar a sua amada
Para Coimbra foi e lá estudou

Fadista cantou
Com voz afinada
Doutor se tornou
Com a vida bem fadada
À terra voltou
Para junto da sua amada
Assim que ajoelhou
Ficou a história rezada


MF

 
Autor
Margarida Faísca
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/01/2008 13:40  Atualizado: 30/01/2008 13:40
 Re: O Fadista Doutor
À terra voltou
Para junto da sua amada
Assim que ajoelhou
Ficou a história rezada...bonito final...bj

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/01/2008 15:45  Atualizado: 30/01/2008 15:45
 Re: O Fadista Doutor
Belo poema sim e muito bem feito...
Parabéns

ConceiçãoB