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exercício nº 25

 
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"... Mata, cata sucata, a flor da nata,
me deixando sempre só com a mala...”

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- exercício nº 25 -








Desaba a rugir ruidosa procela,
castiga sem dó, fustiga a capela;
vela o céu da cidadela, protela,
vergasta o polo, em voo sem cautela,
vibra a chibata, quase mata estrelas,
molha só o esquife do faraó.

Mata, cata sucata, a flor da nata,
me deixando sempre só com a mala.
Boca oca a bala de açúcar mela,
para o ônibus das linhas amarelas.

Não ouço bater asas na janela,
borda, afirma, daí rói a corda.
Rege o temporal, rega, se estatela
com estáticos efeitos sonoros.

Aventa a vela benta, acirra o debate,
não dá trela, sequer mostra parcela,
discussão repercute na tabela.

Fica firme o nó, laço do cipó,
agarra na sela, lustra a baixela.
Na lapela, bela flor de macela,
no silêncio lida, veda a tutela,
espera cego nesta escuridão.

Pleno voo, abotoa o paletó,
abafa pó, viés do portaló:
infernal condição inusitada,
nunca antes vista nos memoriais.


26102014
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" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."




 
Autor
LuizMorais
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/10/2014 11:25  Atualizado: 26/10/2014 11:25
 Re: exercício nº 25
Transbordou no bacharel, amei essa escrita!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/10/2014 13:50  Atualizado: 26/10/2014 13:50
 Re: exercício nº 25
li como se as palavras correm-se em cascata. parabéns, Luiz.