Cada vez mais vejo o sorriso da morte fatal
na escolha sem critérios dos que vão partir.
Vagando pelo meio da pilha de ácido letal,
diante dos escombros da grade do faquir,
percebi o quanto o sol podia valer ao incréu,
quanto mistério havia nas espigas dos trigais,
acariciando sem estorvo a profundidade do céu
desajeitados movimentos ensacados individuais.
Raios turgidos emanados dos bicos dos seios
acariciam as jubas dos leões, pernas indefesas,
nos dentes alvos da multidão surgem os meios
alho esmagado nas bandeirolas sobre as mesas.
Como se uma lady se servisse da chávena alada
ainda a custo mantendo sobre ombros a cabeça.
Ai! ... suspirasse por brioches de massa folhada
enquanto as pás giravam polindo o eixo da peça.
Imponente a pança , o motor voltou a funcionar,
cavalos trotando gritaram como meigos calafates,
ferindo o chão com afiados cascos sobre o lagar,
diante da pequena multidão de curiosos alfaiates.
Transeuntes se viravam para achar o melhor lugar.
braços abertos, todos cotovelos no genuflexório
quando o mais importante seria o amor sob o luar,
bater asas transparentes em rápido fluxo ilusório.
Daí, olhar sobre o muro poderia ser a única solução,
tudo estaria bem até saber que estava mentindo.
Toda essa distancia percorrida lamentando em vão,
teria as pernas tortas, se bem que sempre sorrindo.
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