Pressinto a alma em mim tão baça,
Carregada pelas incertezas que a envolve,
Chora pelo amor que não se dissolve
Perde-se em círculos de dor e se auto-embaraça.
E assim me perco eu também sem graça.
Caio por entre a duvida que volve
Com força própria, mas nada resolve,
Olho cada sonho que se despedaça.
Um dia cantei nosso amor como hino,
Musica exaltada bem no fundo
De pressentir o amor como algo divino.
Falsidade, hoje o peito infecundo,
Razia dos sentidos atropelou o Destino
Que por mim passou, permaneci esquecido no mundo.
Paulo Alves