( De Ivan para Luc. )
Meu corpo estava deveras murcho e sem cor,
Tuas mãos nele aterrissaram como miragem,
Enfeitiçaram de magia doce e sublime massagem
Embriagada por um íntimo divino chamado amor!
Percorreram livres uma clausura de assaz segredos
E as dores circunstanciais sugadas por teu carinho,
Átomos de energia cósmica que são o pergaminho
Expeliram cura através dos teus sacrossantos dedos.
Ternura ímpar derramada com atrito sobre minha tez
Que ressabiada sentiu o constrangimento da anciã nudez
Embalsamada perante o olhar de cristal que a contemplou...
Gratidão é a palavra que meus lábios urgem pronunciar,
Pois, meus olhos também divisaram teu corpo nu navegar
E em lágrimas de algodão tecer do mais puro amor!
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RESPOSTA DA BÊNÇÃO
( de Luc. para Ivan )
Perdoa-me por invadir tua secreta intimidade,
Dentro de mim havia um desejo de contemplar-te
E deixar por minhas mãos um registro em cada parte
Sem erotismo e sem as nuances da promiscuidade.
Vês... Agora sabes o que em mim de real se passa...
Do meu âmago retiro e te oferto meu pequeno coração
Repleto do amor consorciado à sublimidade da paixão
Que devora e que do nosso sangue bebamos da mesma taça.
Eu te amo... Tu me amas... Desfaçamos juntos todos os nós
Que nos acorrentam à vida... Sejamos únicos a uma só voz
Sem trapacearmos o destino, sem marcar cicatrizes...
Caiu a venda do olhar que nos fazia um tanto reprimidos...
Estendamos as mãos... Sejamos muito mais que entes amigos,
Somos irmãos em Cristo... Nada melhor para sermos felizes!