Sonetos : 

O sonetista

 
Encontra com caneta e papel
As riquezas e o esplendor.
O bem e o mal, o mel e o fel,
E rígidos gritos de amor e dor.

Esculpe no Inverno, o calor.
Pinta no Verão, um gelo cruel.
Debruça-se no Outono a compor
Um beija-flor e uma cascavel.

A alma é a tela de um criador
E a poesia o seu pincel
Até que se encontre a decompor.

Gere um giratório carrossel
De amena calma e também de terror.
É esta a cor de um sonetista fiel.


"Even though i walk through the valley of the shadow of death, i will fear no evil..."

 
Autor
Leugimiur
Autor
 
Texto
Data
Leituras
920
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
12 pontos
2
1
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
HelderOliveira
Publicado: 18/10/2014 12:44  Atualizado: 18/10/2014 12:44
Da casa!
Usuário desde: 09/02/2014
Localidade: Angola
Mensagens: 314
 Re: O sonetista
Alô Leugimiur:

Belo soneto! Descreve com mestria a forma como um poeta, neste caso um sonetista, se posiciona perante as diferentes "paisagens" e "cores" que se lhe apresentam. Ele adapta-se, (como um camaleão) a essas diferentes "situações" para produzir, com fidelidade, a sua obra.

Um abraço,
Helder Oliveira