No tempo de outro tempo
de sonhos inventados,
sem dor nem lamento,
muitos beijos molhados
na força do sentimento.
Juventude atrevida
sem pensar no amanhã,
viver de forma activa
e acordar pela manhã
na pujança da vida.
Ai que saudade eu tenho
daquela linda morena,
memoria que eu retenho
da mulher doce e pequena
que em mente eu desenho.
Pudesse eu atrás, voltar,
pisar a areia da praia,
mergulhar naquele mar,
cantar com a tal catraia
poemas do verbo amar.
José Carlos Moutinho