Pinto as notas musicais
no muro antigo
onde aprendi os esconderijos da vida
com solfejos de um violino atento…
Agora danço
no descanso da espera
em volta de labirintos
acordes numa clave de sol…
O muro ruiu um pouco
as mãos marcam as horas
pesadas
nas sombras escuras
sussurram compassos…
A rua está vazia
as partituras dançam
no sol de inverno
onde continuo a pintar as notas
para uma nova orquestra tocar…
Nos arquejos da memória
o amanhã apanhará
o som das palavras desenhadas
na escala do destino!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...