Pomba perdida
Aquela pomba que partiu para além
em manhã fria de sombrio outono
não mais voltou, não mais soube ninguém
se acaso morreu ao abandono
Voou, voou no espaço azulado
mais cinzento, mais triste nesse dia
e não mais voltou ao passado
a sua alegre e linda moradia
Pomba formosa de extrema brancura
que um dia foste à cata de ventura
volta de novo ao teu antigo lar
Há quem espere chorando de amargura
a tua fuga alada à desventura
e a tua vida de neve a despertar...
Maria Helena Amaro
Braga, 20/12/1953
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2014/10/pomba-perdida.html
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