Ah, mas desse-me eu a um sono donde jamais
Acordasse – a fome que me consome é a falta de ti –
E talvez aí ainda vislumbrasse ao longe madrigais
Com o mesmo olor de quando me acerquei de ti.
Julgo que já sabíamos que seriamos deste prá quele.
- “Má sorte a minha o dia em que adoeci!”-…
- E ao abandono me obrigou e a tudo que havia nele:
E assim não foram uma mas duas as dores – tomei-as para mim!
(Mas, ah, porque sofro eu assim se amor não fosse o que
Possui minha alma qual a razão de tanto lamento
E o porquê digam-me o porquê… de tamanho sofrimento?)
Errei! E quem não erra? – Antes mentisse à mentirosa!
Me insubordinasse! Que bem se esquiva essa rameira:
E fizesse-a pagar cada dor nossa - da mesma maneira.
Jorge Humberto
04/10/14