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A desconecida

 






A DESCONHECIDA

Dormi mal. Sem dores no corpo mas preocupado
Por isso, não eram nove , saí à rua. Sentei-me só
Numa mesa da explanada. Depois, pedi café
E com tristeza dedilhei e analisei meu triste fado

Passado pouco tempo descia a rua, com serenidade
Linda e jovem senhora; na mão um ramo de flores.
Nunca a tinha visto, nem falado. Mas olhando para mim
Logo se apercebeu que estava por amor sentindo dores.

Então tirou do ramo uma flor vermelha e ma entregou
Sorrindo; acrescentou ainda : -por favor, senhor.
Beijei sua mão, e disse - obrigado, minha senhora.

Ao ver-me triste e só talvez como ela, então pensou
Que estava sofrendo ali, só e triste por amor.
E sorrindo ainda ,desceu a rua e foi-se embora.





 
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D.Sousa
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