Estou por aí, a espera de um doce...
Me dê um doce de vida, que eu te dou o sol que brilha, que brilha no meu peito, aguardando acolhida.
Somente a comida é que enche a barriga.
Não a comida que eu faço, essa é pra não morrer de tédio, durante o caminho que faço.
Quero comida feita por mãos de Alice, Branca de Neve ou Bela Adormecida.
Porque na caminhada, não encontrarei com o Homem de lata, nem Anões, nem mesmo uma Bruxa pra me furar com uma agulha.
Sei que parece delírio tudo isso.
Tem momentos que parece que flutuo em minha própria mente.
Mas mente de criança, não tem delírios...
Tem dias de vida, sem se misturar com a desgraça de caminhos entrelaçados de vícios obscuros, que de dia, tem rotina pousada na sequência que desagrada a alma bandida...
E de noite, tem pausa, que sem querer, mas desejando o infame, se solta em uma roleta russa sem nome, pra poder da conta de sua fome.
Acho que fome de crescer, entender, de ter sem se arrepender...
Mas é que voltar a ser criança enquanto passo pela vida sem saber a andar por onde...
Ajuda a estar por aí, sem me acusar de não mais está engajado em ser apenas o que a vida me trouxe até aqui...
Se não o peso é grande...
E não suportarei a mudança de sair de uma vida de esperança, pra fazer o mundo girar ao redor de mim.
Mas principalmente ser criança na inocência da estrada que mora dentro de si, e não nos caminho que vejo em minha frente, e que decido escolher, mesmo que me leve a sofrer.
Mas assim mesmo estarei por aí...
As vezes ao vento...
Sem me arrepender de sair da casa que morei quando criança, e que me traz tantas lembranças, de quando não tinha nome de gente, apenas um apelido que dançava conforme a música e o tempo...
Mas que não imaginava que em um simples dia, um belo nome eu seria, cheio de mistérios, e que se misturou em um mundo de cheio de velhos...
Só que seria bom se fosse os idosos, mas só os que trouxeram sabedoria em suas costas surradas...
Só que não são os idosos não, é um povo egoísta em sua jornada, caminhada...
Que estão por aí...
Sofrendo e fazendo o outro sofrer!
Simples assim.
Antonio de J. Flores
Uma reflexão com uma pequena homenagem ao ser criança!