Poemas : 

Da alma (in)quieta

 
Há instantes havia
uma lua alaranjada
que sorria para mim
num céu adocicado
no algodão acizentado
das nuvens que faziam
vénias ao luar…

Olhei-as
no vento ardente
da alma (in)quieta
sosseguei o silêncio…

Recordei os pingos da chuva
de dias idos
o luar verteu um orvalho…

Na janela da madrugada
amparei a húmida (in)certeza
com as mãos abertas
nos dedos que dedilham palavras…

Palavras que escorrem
nas orlas rubras
da pele quente
que o meu corpo veste
antes de tudo!


Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
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AnaCoelho
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/10/2014 14:28  Atualizado: 12/10/2014 14:28
 Re: Da alma (in)quieta
evc poeticamente soube tecer muito bem essa «alma (in)quieta» achei bacana aquele limiar q fica a planar entre a construção das palavras, num silêncio q compreende. muito bonito ana,valeu,boa semana pra vc viu?

Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 12/10/2014 15:18  Atualizado: 12/10/2014 15:19
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Usuário desde: 10/10/2012
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Mensagens: 12485
 Re: Da alma (in)quieta
Um poema muito bonito e imaginativo. Beijinho. Vólena

A lua alaranjada pronuncia
um fim de noite chuvisqueira
e na quietude de uma vigília
palavras doces surgem, aquecem
e a alma pede amor e devaneia.