Calo-me.
A noite vem com o silêncio, de braço dado.
Afinal, o sol ficou apagado
escondido atrás dum monte qualquer...
ao longe, uma silhueta de Mulher
e a sombra dum Amor Amado.
Caí a chuva ao meu lado
tenho o olhar humedecido,
as mãos molhadas
os lábios gretados
e os beijos tombados
moribundos aos meus pés!
Sinto frio outra vez.
Morreu-me a Alma
da última vez que tive frio.
Sinto um arrepio nas Palavras...
e o coração gelado.
Dispo o corpo cansado
acampo-me em mim com a Alma ao lado
e fico em mim aninhado...
tristemente impotente
porque secam-se me os beijos nos lábios
aqueles que queria entregar.
Calo-me, porque se me calar
escuto cada lágrima que cai
e que me soa ao Teu nome...
um murmúrio frio... tristonho...
mas que ainda assim me sabe bem escutar!
Soas-me a Amar...
a noite vem, no silêncio do sol apagado
aguardo que ainda me queiras...
sabes-me a Amar!
Ao longe, a silhueta dum raio de sol,
que faz a chuva dançar no meu peito!
Andy
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