Muitos chamam de meu povo, povo guerreiro, povo trabalhador!
Mas vejo uma raça descrente, onde a esperança surge como fake, tentando em cobrir a comodidade vestida de nada...
Nada pra ser, nada pra ver, nada pra fazer de verdade!
Tá bom aqui, tá bom ali, tá bom até mesmo ser for pra voltar aqui!
Aqui mesmo, em um passado sem alvo, sem vontade de descer do salto...
...pra poder construir um sonho, mas não desses que ficaram velhos, que de tanto pairarem no ar, até se esquecem que são sonhos e não gás hélio.
Prefiro até pensar que não faço parte desse povo sem graça, que hora pensa em reagir, mas prevalece o desistir quando escolhem o triste fim.
Oh povo...
Que votam no ouro de tolo, cercados pela contradição da fossa, que é escolhida pra representar a massa falida...
Falida de amor, falida na dor e na consciência de um povo que nunca quebra a casca, pois se fosse de um ovo a casca...
Deixaria de ser ave, pra se conformar em ser gema e clara, servidos na refeição de um banquete de bandidos.
E esses bandidos?!!!
Não ligam pra nada não, até porque a corrupção virou como água de um chuveiro quente que cai sobre um cidadão doente, que se encontra em um tenebroso inverno...
Que até pensa em sair dali, mas se acomoda no vapor d’ agua que cai nas costas sem saber pra onde ir.
Antonio de J. Flores
Aqui vai meu desabafo, para um povo que tem tudo pra mudar um país nas urnas, e fazer diferente, mas acaba sempre na mesmísse...
Oh povo contraditório meu Deus!!!