Carta aberta
de tão aberta que é
as palavras atropelam-se
na lapela da inverdade
espelhos que falam
sem alma no apogeu do ego…
É tão imenso tão intenso
palavras magnificas
ficam magnetizadas
em si mesmas
por vozes pegajosas
lambidas de salivas
no ermo em que sobrevivem…
Falam…falam…
tão bem que falam
de rosto escondido
em areias desérticas
na ilusão de serem um culto
Único…
e essa será a imensa verdade
são únicos pelos adulteras razões
que não cabem dentro das emoções
de quem se move em aptidões de coração!
Coração não é uma palavra
não é um órgão…é sangue
em tantas tonalidades
com as sensações
que o cérebro lhe concebe…
E de carta aberta
estes versos nada contém
nem mesmo remetente
quem quiser ler a aberta carta
tem que ouvir o meu silêncio!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
Re: Carta Aberta
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