Sonetos : 

OLHOS QUIETOS

 
O teu olhar, pétala que me acalma,
Como o toque dos quietos arvoredos,
Conquistou, mar meu - mundo em segredo,
Ardilosamente pelas veredas da alma.

Traz em chamas delicadas, doce lago,
Na calmaria, que a natureza habita...
Eu sou, a noite negra aflita!
Querendo o teu olhar imaculado!

E tragas, nesta hora meus anseios,
Na taça, que brindei - felicidade!
Rompendo as vielas da saudade...

Vinde a mim, olhos quietos de desejo!
Mormaços da tua infinita bondade,
Teus olhos, à entrada do meu leito!



"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
Autor
Ledalge
Autor
 
Texto
Data
Leituras
944
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Gilberto
Publicado: 29/01/2008 01:03  Atualizado: 29/01/2008 01:03
Colaborador
Usuário desde: 21/04/2007
Localidade: V.Nde GAIA-Porto
Mensagens: 1804
 Re: OLHOS QUIETOS
Belo soneto, querida amiga!

Intenso, e cheio de determinação, esse olhar.

Gostei muito!

Beijinhos

Enviado por Tópico
Mel de Carvalho
Publicado: 29/01/2008 07:08  Atualizado: 29/01/2008 07:08
Colaborador
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa/Peniche
Mensagens: 1562
 Re: OLHOS QUIETOS
"Eu sou, a noite negra aflita!
Querendo o teu olhar imaculado!"


Ledalge, como já diversas vezes tive oportunidade de lhe manifestar, aprecio muitíssimo os seu sonetos. Gostei em paricular deste, do qual sublinho a passagem acima.

Um beijo da Mel