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Segunda Pele

 
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Levaste a luz indo embora,
a minha vida ficou escura,
E o que chamavas de flora
alterou com a temperatura
quente, própria da altura
em que amor era abundante,
Lua Cheia na sua curvatura
hoje nem Quarto Minguante,
Eclipse surgiu de rompante
na estrela que mostravas,
Ela era menos importante
cada vez que tu brilhavas,
Nem falar tu precisavas
agora quem precisa sou eu,
Se tu me amasses voltavas
mas isso nunca aconteceu,
E no chá que me aqueceu
vi-te o pior dos venenos,
Fiz valer o que permaneceu
apesar dos dias pequenos,
Apesar de gestos obscenos
que a minha mente eliminou,
Nos pensamentos serenos
com a estação que chegou,
O que passou, arremessou
sabedoria para a mochila,
O que passou, me endossou
a uma paisagem tranquila,
Em que cada folha desfila
viva numa segunda pele,
Tem no pigmento clorofila
o único chão que a nivele,
Não a amassa como papel
este em que te menciono,
O melhor de mim expele
cada vez que me apaixono,
Ampara quando me emociono
como se fosse um cobertor,
E se ele não fosse meu dono
o Outono tinha outra cor.

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Autor
LuísDiogo
 
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