Gosto de ser gente.
Não abro mão de gente.
Acho que porque não quero ficar só, mesmo quando tem tanta gente ao meu redor.
Porque tem gente que não preenche, só ocupa um espaço no meio do nada, enquanto o nada nos faz ficar doente.
Não o nada que transmite a calma, a reflexão, ou mesmo o som das batidas do coração...
Mas o nada que faz um barulho ensurdecedor quando misturado com o silêncio que machuca a gente.
Tem gente que não tem nada pra ensinar!
E tem aqueles que quando ensinam, não tem nada pra declarar...
E tem também a mágoa, que bem diante da gente, não encontra nada pra fazer que acrescente.
Ainda tem aquele amor da gente, que nada faz que nos acalente, provavelmente porque nada tem a nos acrescentar, e quando foge, foge assim como um dia surgiu... do nada!
Quando mergulho pra fora do meu orgulho, sinto como se minha pele fosse transparente...
Transmitindo o eu, como nunca ninguém viu...
Tipo um cometa sutil, que quando passa só arrasta a cauda e se mostra pra quem tem olho de astronauta.
As vezes gosto de pensar no nada, só pra me desligar do tudo, que consome a gente.
Gente que mesmo sem ter nada, tudo mostra pra poder ostentar a raça.
Raça pobre, mas pobre de espírito, que sem juízo...
Encontra prazer em gente que se alimenta da moda do vício
Sigo pra encontrar mais gente na lida, cercado pelo nada que me rodeia no chão que eu piso.
Porque tem hora que vejo um monte de gente, mas nada sobra pra pensar nessa gente, que nem boa vontade demonstra de se importar com o nada que permeia a cabeça dessa gente doente.
Que gente que nada!!!
É que eu não quero nada com essa gente que nasce do meio do nada.
Mas quero andar de mãos dadas com essa gente, que nada de braçada em direção ao tudo posso Naquele que me fortalece.
Antonio de J. Flores
Amo gente que se importa com o amor da gente...