Meu olhar indefinido sem saber qual é a face
Do riso verdadeiro, quando a minha intuição
Enxerga-te bem distante além do teu disfarce
Delatando a falsidade ao apertar a tua mão
Tuas cenas e teatros enriquecem o meu impasse
Perpetuando a dúvida quando sempre digo não
A demagogia colorida que faz ser o teu passe
A turma de minha classe a procura de afeição
Vendo-te no espelho disforme em sua máscara
Derrete-se bem diante do brilho do meu olhar
Fugidia a fantasia que tentou me conquistar
Pela falácia do discurso que pluraliza a tua cara
Enfeitado pela retórica que me fazem abortar
A confiança que desejas, não irei a ti depositar
Murilo Celani Servo