A chuva que molha meus pés
São lágrimas doloridas de ingratidão,
Ainda ontem era teu adorado irmão,
Hoje sou lixo escondido de rodapé...
Respingam esperanças em minha face
Desenhadas sob uma égide de disfarce
Que atropelam meus enredos de amor...
Em meu rosto úmido há lira combalida,
Talvez maltratada por cordas opacas,
Partidas perante uma ótica em catarata
Que me deixa cético no enleio da vida.
Chove que inunda meus trôpegos passos...
Cambaleio, mas o solo que piso é de aço
E de algodão a vitrine que expõe minha dor!