Textos :
A Vida em parte - Artigo 5 - Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia
A VIDA EM PARTES
Outro dia, vi uma menina meditando na rua, protestando contra algo! Havia no seu semblante um misto de paz e alegria, e ela na sua forma pacífica insistia em ficar ali, sentada, com as pernas cruzadas, em atitude contemplativa, com um cartaz ao lado, onde explicava sua luta, sem se importar com o falatório que surgia de seu ato.
Estava calma, tranqüila e serena, trazia em si a certeza de que estava fazendo o correto em sua atitude contemplativa. Não pedia nada, não falava nada, apenas o texto ao lado dizia a razão de estar ali daquela forma.
Assim é minha obra, apenas existe, o que explica ou fala é para apenas ser pensado. Não quero criar revoluções, criar correntes de pensamentos filosóficos, nem tampouco literários, apenas exprimir o que penso ou sinto, em uma atitude que me gera paz e satisfação.
Quem estava comigo naquele dia, me disse: mas que mulher louca! Mal sabe ela o quanto esta me atraiu e me identifiquei com sua atitude.
Os loucos, os apaixonados e os poetas são feitos só de criatividade, o viver intensamente a vida, sem importar por eiras nem beiras, o olhar franco nos olhos exprime a emoção que vive-se constantemente, que aquela dor que se traz, no fundo da alma, permite brotar a emoção incontida, vivendo de forma livre, solta, brincando com as idéias, jogando sonhos e palavras ao ar, sorrindo quando não há nada para sorrir, guardando no mutismo a alegria existencial de viver, a graça de fluir no ritmo de expirar e inspirar, a essência da emoção...
Daí brota, dando a imaginação, asas que fogem a razão, e, no entanto de tão coerente que deixa perplexo a todos os que vêem.
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