No ápice da montanha, de sua caverna um sábio desperta
Após uma década de silêncio quando dormitava em solidão
O profeta Zaratustra, possuidor de mente nobre e aberta
Retorna à vida de um mundo surdo a sabedoria da razão
Associado a sua águia e serpente, retorna em oferta
As almas fora de moda que outrora não lhe deram atenção
Lançando fogo à pregação ao modo do pensar que liberta
Todos os que dormem ao meio pela força da abstração
Anunciante do além homem com seu discurso consciente
Aos reféns do tempo presente de face estática em morte
Lucubra com todos à conquista de uma terra mais justa
Pelo portal do instante se dirige ao seu astro confidente
Oh Sol! Iluminas aqueles a quem tu largas-te à sorte
Traga-os o Super-Homem. Assim falava Zaratustra.
Murilo Celani Servo