Sonetos : 

Contingente

 
Engasto-me, portanto esqueço
Desfaço, desato-me, do peso
Que levo n'alma, se esquece?
Que o tétrico não se aquece.

Somente anestesia, a falta
-Terá a vida(tem) real razão?
Dado a tudo que d'alma salta
É apenas refugo, vagi o coração.

E portanto é assim, é, eu sei
Disfarço, pensando estar mais perto
Do amor fartado que então sonhei.

Mas o riso, o riso é tão incerto
E por mais que sejas tu que amei:
-Isso que chamas de vida? Decerto.


"Morremos gestantes da ansiedade que nada espera."

 
Autor
Junior A.
Autor
 
Texto
Data
Leituras
844
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Tália
Publicado: 28/01/2008 17:10  Atualizado: 28/01/2008 17:10
Colaborador
Usuário desde: 18/09/2006
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2489
 Re: Contingente

Enviado por Tópico
Andy
Publicado: 28/01/2008 20:08  Atualizado: 28/01/2008 20:08
Membro de honra
Usuário desde: 01/08/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 1998
 Re: Contingente
...bonito "Contingente" esse teu Junior!!


abraço!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/03/2011 03:15  Atualizado: 07/03/2011 03:15
 Re: Contingente
Adorei seu poema, muito lindo! parabéns


Abraço
Jorge

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/03/2011 23:35  Atualizado: 16/03/2011 23:35
 Re: Contingente
Belas palavras! Parabéns poeta!



Abraço