Deram-me o velacho de o poeta da dor,
Porque referencio em versos a realidade,
Sou um otimista, realista... um pensador;
São sentimentos arrimados na verdade.
Poemas que escrevo, histórias de vida,
São minh’alma ferida em demonstração.
Fraseologia bizarra, sensível e dorida,
Manifesto anelo de uma boa expressão.
Não faço da alegria a minha preterida,
Versos escrevo sob a arnês da emoção,
Tristeza, a companheira que infelicita,
Dores do mundo, caminho da aflição.
Falácia lazeira que a mim é cometida,
Sou o poeta da dor, amante da solidão.
Rivadávia Leite
AQUARELA DE UM SONHO
Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!
Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais...