Eu sou o verbo!
Uma voz entoou...
E eu quem sou?
Um átomo na atmosfera que se criou!
Uma molécula que a brisa aconchegou
Na gélida manhã de um Inverno qualquer
Fui um grito de mulher
A doce seiva alimentada que alguém amou!
Sou aquela que conquistou um terno espaço
E o amei tão docemente que o idolatrei
Conquistando o seu mundo de cãndido passo
No seu olhar inundado de mel, a paz encontrei!
Fui a aliança sustentada na verdade
De um bem querer de tão aguardada
Eis o dia que não aumente a imensa saudade
E não os veja na minha essência desesperada!
Ai!- Que viagem tão longa e sem regresso
Em queixumes de amor sublime os venero
Em palavras ao vento sussurrando impeço
Não auscultem o meu pesar tão verdadeiro!
E eu quem sou?
Um átomo na atmosfera que se criou!