Tenho demasiadas Palavras nas mãos...
tantas, que me caem desordenadas
não consigo escrever à velocidade do Sentir.
E apetece-me, deixa-las cair
até fazerem um monte intransponível!
Impossível
decifrar o que transmitem
se me permitem...
queimo-as a lume!
Para lá de qualquer queixume
que delas possa sair
é melhor queima-las, que deixa-las fugir
num sopro dum vento que passe!
O Sentir não terá disfarce
ficará ainda mais purificado.
Afinal o Amor, nunca me passou ao lado
visto-o na pele!!
Um Amar de mel
que me leva às Palavras.
E mesmo quando entrego mágoas
aos Lábios que clamam Amor
para lá de qualquer dor
ou gesto de mão petrificada
os meus lábios
sempre cantarão sal, aos pés da minha Amada!
Dói-me cada Palavra queimada
órfã de verso, que se perde no céu da boca!
Louca
é esta minha vontade de nunca ser Poeta!
Andy