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AMIGO VOCE SE FOI

 
Amigo você se foi. Tive o privilégio do convívio que começou em 1977 lá no meu primeiro escritório então que pretendia ser de advocacia e de corretor de imóveis, mas por falta de licença, diploma era ainda tão somente de “Despachante imobiliário, ali depois de muita luta, fui dali para outros lugares, tinha eu então só 23, mas trilhamos toda a minha vida adulta. É verdade que apesar de jovem, já tinha eu rodado muito entre industria, comercio, escritório de contabilidade e PRF, mas tinha eu abandonado o emprego público seguro para me aventurar na vida privada como prestador de serviço e como empreendedor.

Embora este amigo tivesse 15 anos a mais, também era jovem, um irmão mais velho se tornou nesta caminhada até aqui fizemos juntos. Tivemos em Palmas-PR diversas vezes, tivemos em Curitiba, em Guarapuava, Tivemos em Patos de Minas, em Araxa, em Ibiá. Tivemos em São Paulo, em Munhoz, em Camanducaia, já citei dezenas de cidades, mas com certezas são várias dezenas de viagens que compartilhamos para resolver negócio de interesse dele ou meu. A parceira era a amizade, ele nunca cobrou esta parceria e eu também não. Nos dispusemos a conviver o companheirismo e a amizade; com certeza que isso tudo rendeu frutos econômicos, quantas vezes me indicou serviços profissionais remunerados ou não, quantas vezes lhe indiquei clientes, fosse na área em uma outra área de sua atividade, ou negócios diversos; logicamente uma parceria, uma amizade rendem frutos econômicos também. Quanta pessoa ajuda, e quantas pessoas nos ajudarem neste trajeto em mais de três estados.

Quantas lavouras rendosas e quantas lavouras com prejuízos, quantos mediações de pagamentos, quantos acertos, quantas vendas de equipamentos, quantas compras. Quantos contratos, e quantos serviços eu fiz; afinal são trinta e cinco anos; são incontáveis.

Quantos cafés tomamos, quantos almoços partilhamos.

Minha religião de família segui encaminhei meus filhos.

Meu amigo enviuvou de seu primeiro casamento muito cedo em sua vida lhe sobrando o troféu de uma bela filha e como homem daquele tempo e como a família era muito estruturada pra São Paulo sua filha foi viver no aconchego de seus pais e irmãos. Não sei como começou, nunca discutimos religião; mas foi na casa do Ancião viver como irmãos de fé, como irmão em negócios. E como a seriedade era o seu tino e como a igreja era seu descanso. E apesar de família católica SP, aqui ele era envangelico, mas como era assíduo visitante de sua família em SP, lá conheceu sua segunda companheira com quem vem compatilhando a sua vida até hoje, ela trousse um brinde uma filha pequena, ela era Executora de musica da igreja e sua filha/enteada musicologa se tornou, e para sua alegria com o bom ouvido que sempre teve pra esta arte admirou mulher e filha enquanto viveu. E com quem tem uma nova filha do casal.

Apesar de ser considerado um filho do Ancião com quem viveu, irmãos de fé, e sócios nos negócios, e apesar da dedicação á religião este Ancião temia promovê-lo não por falta de capacidade, fé e dedicação, mas por nepotismo familiar. Foi ai que o foi promovido por um outro ancião que lhe deu o encargo de Ancião em uma cidade que pertencia a regional do mesmo, local com vários problemas de entendimento, administração e com seriedade logo superou e prosperou, isto mais ou menos quando nos conhecemos aproximadamente 35 anos, e com a morte daquele ancião mor, este com quem conviveu e convivia o dia a dia, o ancião considerado pai passou a ajudar e com a longa idade dos mesmos seus compromissos passou a assumir; e com a morte e conforme as regras da sua comunidade Ancião mor se tornou e todos os problemas que eram de outros a si sopesou passando a liderar mais de setecentos templos, prosperou na fé a um crescimento anualmente superior a média de sua comunidade, e como o tempo passa e antiguidade era a regra passou a assumir além de líder absoluta nesta região um dos cargos de Cardeal na cúpula mundial.

Meu amigo nunca misturou amizade, negocio, religião, futebol e política. Quando amigo, amigo, quando negociante, negociante, futebol não era muito de falar, gostava de política, afinal era um líder em sua comunidade, assediado pelos políticos o tempo todo, mas sempre destes manteve distância, nunca misturou política e religião e sempre assim foi respeitado.

Seu projeto era mudar para Atibaia-SP, onde foi sua primeira igreja a dirigir como Ancião; mas o tempo lhe pregou peça e de Bragança Paulista-SP, sua terra natal nunca saiu.

Trouxe de São Paulo, sua companheira, seus sogros, sua enteada, viajou muito mas sua base sempre foi Bragança Paulista-SP, sempre ficou perto do Ancião que o acolheu que além de irmão de igreja, se tornaram irmãos da vida; Não por que não tinha irmãos, pois tinha dois irmãos e 4 irmãs, e uma filha, e seus pais no Jaçanã-SP; com quem viveu semanalmente dando atenção e apoio e onde sempre foi muito respeitado por todos os familiares como irmão mais velho, conselheiro, provedor.

Foi amigo, foi chefe de família, de mais de uma com a morte do pai aceitou o encargo de chefiar esta também. Foi um chefe para a família do ancião que o acolheu além de irmão; foi um chefe para a família de Pedro Petri na Terra Preta/Mairiporã. Foi um líder familiar, religioso, Ancião (líder religioso), mas responsável direta e indiretamente pela a administração. Foi de costume conservador, foi severo consigo e com outros, foi um doutrinador da fé, mas também de família.

Na minha religião o padre é confessor, na dele era ele o confessor, era o mediador, era o arbitro; além de defender a família sua e dos outros, defendia a comunidade como um todo e os problemas da comunidade lhe cabia mediar e arbitrar, tentar impedir que houvesse necessidade de se lavar roupa fora, na delegacia, na justiça. Problemas da comunidade, na comunidade era quase sempre resolvido, fosse de caráter, de costume, de relacionamento, fosse até financeiro ou econômico o Clivo do meu amigo era necessário, era o conselheiro que as vezes até impunha o seu conservadorismo no final da lide, da contenda, do fim do relacionamento. Indicava como deveria ser daqui pra frente.

Fui amigo eu acho, nunca misturou religião, nunca me convidou a um culto, mas talvez mais do que muitos no meu balcão de advocacia, ou na minha vivência apesar de mais novo, quantas vezes discutimos qual a solução de quantos conflitos. Quantas discussões sobre conservadorismo e evolução, evolução dos costumes, evolução da tecnologia; afinal esta virada de milênio trousse mudanças drásticas nas vidas das pessoas em geral e também da comunidade que liderava.

Sempre teve, sou testemunho o apoio da família, da esposa das filhas, da família de seus pais e com o desaparecimento destes dos irmãos e sobrinhos que passou a liderar, sempre foi muito respeitado.

Foi questionado algumas vezes sobre algumas vezes sobre o seu comportamento em sua atividade profissional e onde exercia que um Ancião não devia freqüentar alguns lugares, mas sempre esteve acima destes invejosos e sua comunidade sempre o respeitaram acima de qualquer tentativa no menosprezar.

O Restaurante também era uma cafeteria, lanches, salgados durante o dia todo, e onde tem café, lanches e salgados bebidas também há, ou seja também é um bar.

Na jornada da vida, ciúmes, pedras no caminho, tentativa de descaminho fizeram disto um palco, ou seja “O Líder” conservador fiscalizador de bons costumes, orientador dos costumes da comunidade, para estes, não podia ter seu escritório em “um bar” isto gerou dossiê, gerou transtorno, estes ciumentos, invejosos, não olhava o respeito que esta casa sempre manteve como ótimo restaurante e cafeteria, tinha que transformá-la em um bar de baixa freqüência; mas tudo isto só serviu para fortalecer a liderança, trousse aborrecimento, mas suas palavras firmes, sérias, sempre foram bastante para desfazer qualquer dossiê maldoso.

Como advogado gostava de júris, e muitos assistimos juntos, muitos julgamos antes ele sempre foi muito severo, quase sempre condenava. Eu sempre como advogado, como defensor sempre ponderava, e sempre absolvia; mas dificilmente conseguia dissuadir de sua opinião conservador para fazer o culpado pagar na forma da lei.

A Vida é um palco onde representamos e fazemos com que nossos irmãos sejam coadjuvantes, que vivam conosco, que sejam nossos interlocutores e assim nós sempre queremos ditar o rumo do drama ou da história, e como somos conservadores, sempre impomos nossa forma de pensar.

Fui um amigo, um irmão mais novo, mas também como conservador e por ser mais novo sempre ponderei a amenização dos costumes. Assim esta amizade durou 35 anos de polêmicas discussões no dia a dia, e foi dia a dia, com certeza não éramos amigos exclusivos ele tinha muitos tanto nos negócios, como na família, como na comunidade, como eu também tinha nas areas de serviços que prestava, advocacia, imobiliária, construção e roças, fazenda; Mas apesar de nossas ocupações tínhamos sempre tempo para um café, para um almoço, para uma viagem. O café foi nosso maior motivo, tinha dia que eram três ou quatro encontro na mesma cafeteria, e depois que fechou nas cafeterias e restaurantes adjacentes.

Este amigo Sempre foi responsável com a família, com a comunidade, com os parceiros de negócios e com os amigos.

Hoje confraternizamos com os amigos remanescentes encontrando para um ultimo adeus. E como o espaço do velório Bragantino absorve milhares de pessoas, lá concorremos com os familiares e com os discípulos da comunidade da congreção Cristã, digo discípulas por que ele que foi era o líder deles, deixou o Norte de São Paulo e o Sul de Minas Gerais em plantos pela perda deste Exemplar cidadão, representante comercial, religioso, amigo e chefe de família.

Suas famílias perderam o chefe, mas com certeza sempre souberam a direção, pois conviveram com orgulho, respeito e aceitação com o falecido, portanto o rumo foi dado e o caminho está certo.

Sua comunidade perdeu o líder religioso, mas neste tempo de liderança formou uma base sólida de grandes lideres religiosos e administradores, teve tempo de preparar a sua ausência física, mas deixou para a posteridade a sua presença religiosa, de fé, administração, doutrinação; não terão seus sucessores físicos dificuldades em dar continuidade nesta construção bem erigida. Posso afirmar pois conheci e conheço muitos deles.

Aos amigos restam a soma, o ganho de ter convivido, participado no seu dia a dia da troca de conhecimento, convivência, respeito, admiração; isto tudo nos tornou melhor, assim fica mais fácil viver a sua ausência física. Deus tem outros planos pra ele e com certeza terá pra nós também e para quem acredita, pra quem tem fé na doutrina Cristã; a morte não é o fim é um novo começo; sabedores disto, a família, a comunidade e os amigos têm que aceitar que ele foi hoje preparar a nossa chegada e sentirmos felizes de podermos ter participado de sua vida enquanto conosco ele teve.

Amigo, que não seja breve, mas ai estaremos.





QUEM VIVE NO CAMPO NÃO OFENDE O MEIO AMBIENTE, POIS NINGUEM COSPE NO PRATO QUE COME. QUE VIVE NO CAMPO CUIDA DO MEIO QUE VIVE

 
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estreladamantiqueira
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/09/2014 06:18  Atualizado: 18/09/2014 06:18
 Re: AMIGO VOCE SE FOI
Aqui realmente a palavra amigo, faz juz a palavra.