"... Bem sei que pessoas não são eternas,
nem têm um guia da vida ...”
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- Através dos arcos -
Através dos arcos,
prisioneiro do destino,
não controlo o eixo da existência.
Sem poder sobre algum
sobre os mistérios,
conduzido ao sabor dos acontecimentos,
agora é como se morto fosse,
expirado em vida estivesse,
somando insucessos;
como se tivesse nascido
apenas para balançar ao sabor do destino,
sequer participar da vida, e então morrer
Bem sei que pessoas não são eternas,
nem têm um guia da vida,
qual um anjo da guarda
que afaste medo infantis.
Eu sei, sei do triste roteiro,
desde que nasci.
Inerte atravessar os arcos e círculos,
em vão procurar as chaves;
atravessar a vida como puder,
e ao fim, de encontro ao ataúde,
tornar-se espectro de si mesmo,
ver parar o eixo continuo da vida,
morrer sem deixar estigmas.
17092014
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©LuizMorais. Todos os direitos reservados ao autor. É vedada a copia, exibição, distribuição, criação de textos derivados contendo a ideia, bem como fazer uso comercial ou não desta obra, de partes dela ou da ideia contida, sem a devida permissão do autor.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."
Anteriormente publicado com heterônimo mortalha. Revisto e editado.
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